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Por que não somos idólatras

POR: EQUIPE CHRISTO NIHIL PRAEPONERE

O que diz o primeiro mandamento
do Decálogo e por que as acusações de idolatria imputadas aos católicos não
passam de ignorância e distorção das Escrituras. “Vocês são idólatras!
Pois Deus proíbe que sejam feitas imagens. Está escrito…”. E por aí vai.
Raros são os católicos que nunca ouviram, ou leram, algo parecido vindo de
protestantes; e, lamentavelmente, não são raros aqueles que se deixam incomodar
por esse tipo de palavrório. O ódio às imagens, todavia, não é recente. Se
olhamos para a História da Igreja, vemos que já nos séculos VII-VIII se
ergueram os quebradores das imagens, os iconoclastas, que sucumbiram sob a
verdadeira fé. Nos tempos modernos, levantando a mesma bandeira de guerra
contra as imagens, os protestantes intentam apenas reviver das cinzas a
iconoclastia, recorrendo, para tanto, às Escrituras, ainda que de modo
superficial. E o que dizem, quando querem acusar a Igreja Católica de
idolatria?
Antes de tudo, o refrão: “Está escrito…”. E o que está
escrito? “Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti imagem
esculpida, nem figura alguma do que existe em cima dos céus ou debaixo da
terra. Não te prostrarás diante dos ídolos, nem lhes prestarás culto, pois eu
sou o Senhor teu Deus, um Deus ciumento” (Ex 20, 3-5a). Pois bem, a Igreja
Católica é fidelíssima ao primeiro mandamento, fidelíssima a esse trecho do
livro do Êxodo que só pode ser entendido plenamente dentro de toda a Sagrada
Escritura. Pois “também está escrito”: “Farás dois querubins de
ouro polido nas duas extremidades do propiciatório: um de cada lado, de modo
que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatório” (Ex 25,
18-19. 37, 7).
“‘Faze uma serpente venenosa e coloca-a sobre uma haste.
Aquele que for mordido, mas olhar para ela ficará com vida’. Moisés fez, pois,
uma serpente de bronze e colocou-a sobre um poste” (Nm 21, 8-9).

“O altar do incenso devia
conter certo peso de ouro refinado. O projeto também descrevia o carro dos
querubins de ouro, que com as asas estendidas cobrem a arca da aliança do
Senhor. Davi declarou: ‘tudo isso me chegou num escrito da mão do Senhor'”
(1 Cr 28, 18-19).

“No santíssimo, Salomão
mandou instalar dois querubins de madeira de oliveira de dez côvados de altura
[…]. Salomão revestiu os querubins de ouro. Mandou também esculpir, nas
paredes em redor do templo, figuras variadas: querubins, palmas, cálices de
flores […]” (1 Rs 6, 23-38).

“Dentro e fora do Templo, em
volta de todas as paredes internas e externas, tudo estava coberto de figuras, querubins
e palmeiras” (Ez 41, 17-18).

“Estavam aí o altar de ouro
para o incenso e a arca da aliança, toda recoberta de ouro, na qual se
encontrava uma urna de ouro que continha o maná, o bastão de Aarão que tinha
florescido, e as tábuas da aliança. Sobre a arca estavam os querubins da
Glória, que com sua sombra cobriam a bandeja para o sangue da expiação”
(Hb 9, 4-5).

E agora? Primeiro, Deus ordena
não fazer imagens e, depois, ordena fazê-las. O que acontece? O problema é que
Deus se contradiz ou que nós não O entendemos? Não podemos furtar-nos dessa
questão.

Indubitavelmente, Deus não se
contradiz – senão seria apenas mais um ‘deusinho’, “feito por mãos
humanas” (Sl 113, 4), e não o verdadeiro Deus. O problema tem seu início
quando a Bíblia é lida por meio de versículos isolados, sem a necessária
unidade de toda a Escritura [1], e quando sua interpretação é submetida
inteiramente ao leitor, posto como ‘autoridade máxima’ do exame bíblico. Tal
problema é tão infesto que a própria Sagrada Escritura o denuncia. O episódio
da tentação de Jesus no deserto, por exemplo, torna claro como é possível
adulterar a palavra de Deus, dando-lhe uma interpretação completamente
equivocada: o demônio abriu a Escritura e citou-a para tentar Jesus (cf. Mt 4,
6; Lc 4, 9-10). “Está escrito…”, disse [2]. De fato, o uso da
Sagrada Escritura para justificar as próprias ideias e interesses, mutilando-a
e adulterando-a, gera sérias consequências e tem sido cada vez mais frequente.
Lembremo-nos de Lutero – outrora monge católico – e seus seguidores. Esses
mutilaram o cânon bíblico, retirando diversos livros de ‘suas bíblias’, e
disseram o sola scriptura. Ora, foi da Escritura que retiraram tal lema e a
lista dos livros que lá não deveriam permanecer? Desde a tentação de Jesus no
deserto, passando por todas as heresias da História da Igreja até os nossos
dias, más intenções, mutilações e ignorância bíblicas têm nos acompanhado,
fazendo a palavra de Deus ‘padecer’ uma verdadeira paixão em seu ‘corpo’
dilacerado pelas más interpretações.

Quanto à perícope do livro do
Êxodo (20, 3-5a) e outras sobre as imagens, a proibição refere-se aos ídolos e,
portanto, às imagens dos ídolos. Um ídolo é uma figura representativa de um
deus falso, comum entre os povos pagãos. Diz o salmista: “Os ídolos das
nações são prata e ouro, feitos por mãos humanas; têm boca e não falam, têm
olhos e não veem, têm ouvidos e não ouvem, têm nariz e não cheiram. Têm mãos e
não palpam, têm pés e não andam; da garganta não emitem sons” (Sl 113,
4-8).

Quando Deus diz: “Não farás
para ti imagem esculpida”, a palavra utilizada para “imagem” é
temunah (תְּמוּנָה),
empregada justamente para falar dos ídolos, dos deuses pagãos, tanto que, na
famosa versão dos Setenta – tradução do hebraico para a língua grega, feita nos
séc. III-II a.C. –, a palavra é traduzida por eidolon (εἴδωλον), ídolo, com
acepção muito diversa da palavra eikon (εἰκών), ícone.

Ou seja, “o primeiro
mandamento condena o politeísmo. Exige do homem que não acredite em outros
deuses além de Deus, que não venere outras divindades além da única” [3].
Ensina, ademais, o Catecismo: “A idolatria não diz respeito apenas aos
falsos cultos do paganismo. Continua a ser uma tentação constante para a fé.
Ela consiste em divinizar o que não é Deus. Há idolatria desde o momento em que
o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus” [4]. Atenção
para as palavras: “uma criatura em lugar de Deus”! Ainda sobre o
primeiro mandamento, Santo Tomás de Aquino comenta:

“‘Não terás outros deuses
diante de mim’. Para compreendê-lo é preciso dizer que os antigos de muitos
modos transgrediam este Mandamento. Alguns, com efeito, prestavam culto aos
demônios: ‘Todos os deuses dos povos são demônios’ (Sl 95,5). Este é o maior de
todos os pecados, é horrível. Ainda hoje muitos transgridem esse Mandamento ao
dar ouvidos aos adivinhos e sortilégios. Santo Agostinho ensinava que tais
coisas não se fazem sem que se contraia algum pacto com o demônio: ‘Não quero
que vós tenhais sociedade com os demônios’ (1Cor 10, 20) […]. Outros cultuavam
os corpos celestes, julgando serem deuses os astros […]. Outros cultuavam os
elementos inferiores: ‘Tomaram o fogo, ou o vento (…) por deuses’ (Sab 13,
2). Os homens que usam mal as coisas inferiores, amando-as excessivamente, caem
no mesmo erro. Diz o Apóstolo: ‘O avaro, o qual é um idólatra’ (Ef 5, 5).
Outros erravam cultuando homens, aves ou outros animais, ou a si mesmos
[…]” [5].

Se queremos, portanto, entender o
sentido real do primeiro mandamento, escutemos o Senhor – Aquele que é maior do
que Moisés (Hb 3, 3) –, quando testado por um doutor da Lei: “O primeiro
mandamento é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu
entendimento e com toda a tua força'” (Mc 12, 29-30; Mt 22, 37-38). Como
se vê, o Senhor não faz referência alguma a imagens! Porém, a idolatria é
claramente condenada, pois, com o dever de amarmos a Deus acima de tudo e com
totalidade, sendo Deus um só, proíbem-se os ídolos, e as imagens enquanto
ídolos. Não se trata, desse modo, de proibição sobre qualquer espécie de
escultura, de pintura, de desenho etc., caso contrário a arte como um todo
estaria proibida, além de fotografias e objetos de decoração.

Por conseguinte, para a Igreja
Católica, as imagens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Sua Santíssima Mãe, dos
Santos Anjos e dos Santos, não são ídolos e “o culto cristão das imagens
não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, ‘a
honra prestada a uma imagem remonta ao modelo original’ e ‘quem venera uma
imagem venera nela a pessoa representada’. A honra prestada às santas imagens é
uma ‘veneração respeitosa’, e não uma adoração, que só a Deus se deve”
[6]. Uma carta escrita entre os anos de 726 e 730 d.C. ao ímpio Leão III,
imperador iconoclasta, é resposta acertadíssima também aos iconoclastas
modernos:

“E dizes que nós adoramos
pedras, paredes e painéis de madeira. Não é assim como dizes, ó Imperador, mas
para nossa memória e nosso estímulo, e para que nossa mente lerda e fraca seja
dirigida para o alto por meio daqueles aos quais se referem esses nomes,
invocações e imagens; e não como se fossem deuses, como tu dizes – longe de
nós! De fato, não pomos nossa esperança nesses ‘objetos’. E se é uma imagem do
Senhor, dizemos: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, socorre-nos e salva-nos.
Se é da sua santa Mãe, dizemos: Santa mãe de Deus, mãe do Senhor, intercede
junto ao teu Filho, nosso verdadeiro Deus, para a salvação das nossas almas! Se
é do mártir, dizemos: Ó santo Estêvão, protomártir, tu que derramaste o sangue
pelo Cristo, com tua liberdade de falar, intercede por nós! E para qualquer
mártir que venceu o martírio, assim dizemos, elevamos semelhantes orações por
meio deles. E não é verdade que chamamos os mártires de deuses, como dizes, ó
Imperador” [7].

Infelizmente, muitos continuarão
com uma impiedade desenfreada e tagarelando incompreensões. Deveras, muito mais
seria necessário dizer sobre os abusos na interpretação da Sagrada Escritura e
as acusações injustificadas feitas à Igreja Católica, provenientes em primeiro
lugar da ignorância e, quem sabe, da má intenção; porém, é certo que quem não
quer ouvir, não ouve. Que o Senhor tenha piedade de todos nós.

Referências

i.             Cf. BENTO XVI. Verbum Domini, n. 39: “única é a
Palavra de Deus que interpela a nossa vida, chamando-a constantemente à
conversão. Continuam a ser para nós uma guia segura as expressões de Hugo de
São Víctor: ‘Toda a Escritura divina constitui um único livro e este único
livro é Cristo, fala de Cristo e encontra em Cristo a sua realização'”;
Catecismo da Igreja Católica, n. 112: “Com efeito, por muito diferentes
que sejam os livros que a compõem, a Escritura é una, em razão da unidade do
desígnio de Deus, de que Jesus Cristo é o centro e o coração, aberto desde a
sua Páscoa”.

ii.            A respeito desse fato, comenta Bento XVI: “O demônio
mostra-se um conhecedor da Escritura, que sabe citar o salmo com rigor; todo o
diálogo da segunda tentação aparece formalmente como uma discussão entre
especialistas da Escritura: o demônio aparece como teólogo […]. O debate
teológico entre Jesus e o demônio é uma disputa de todos os tempos acerca da
correta explicação da Escritura […]” (Jesus de Nazaré. São Paulo:
Editora Planeta do Brasil, 2009, p. 46-47).

iii.           Catecismo da Igreja Católica, n. 2112.

iv.           Catecismo da Igreja Católica, n. 2113.

v.            De decem praeceptis, a. 3; S. TOMÁS DE AQUINO. Os dez
mandamentos. Niterói: Editora Permanência, 2014, p. 35-36.

vi.           Catecismo da Igreja Católica, n. 2132.

vii.          Denzinger-Hünermann, 581.

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Possui uma vasta formação acadêmica e profissional, com especializações em diversas áreas da educação, incluindo prática docente, linguagens, ciências humanas, psicopedagogia, e treinamento físico para idosos. É bacharel e licenciado em Educação Física, Pedagogia, Letras Português e Teologia. Atua como servidor publico desde 1999, Também é faixa preta em Jiu Jitsu e faixa preta 3º Dan em Karate.

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